A verdade é que eu já não tinha idade
(nem palavras) para esperar-te,
começava a fazer-se muito tarde
e morria sozinho sem ninguém com quem falar de
mim. Os sonhos da infância
vagueavam inúteis pelos cantos
e eu transformava-me entretanto
em algo parecido com eles, da mesma susbstância.
PINA, Manuel António, Todas as palavras - poesia reunida, Porto, Assírio e Alvim, 2012, p. 170.
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