Terça-feira,
quarta-feira,
quinta,
sexta,
tanto faz.
Ou desta ou doutra maneira,
domingo ou segunda-feira,
nenhuma esperança me traz.
Que eu nem sei bem pelo que espero.
Se aprender o que não sei,
se esquecer o que aprendi,
se impor meu sou e meu quero,
se, num ti que eu inventei,
nenúfares boiar em ti
Que esta coisa que se espera
é no dobrar de uma esquina.
Um clarão que dilacera,
a explosão de uma cratera,
vida, ou morte, repentina.
GEDEÃO, António, Poemas, Lisboa, Palavrão Associação Cultural, 2015, p.42
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