Évora |
Enquanto o dia se desenha
Em chuva - manhã de Maio,
Do início. Enquanto a incerteza
Ainda autoriza esperança,
A cabeça refugiada
Do sono vacila na insegurança
De tal descoberta, a chuva
Silenciou os pássaros.
Olha-se a solidão da página
Na luz precária da madrugada
E desiste-se de redimi-la
Com letras distorcidas
E perguntas por fazer.
A chuva pára; os pássaros
Retomam a celebração do dia.
OLIVEIRA, José Carlos, Chuva na Primavera in De passagem, Porto, Assírio e Alvim, 2018, p. 51.
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