quinta-feira, 16 de maio de 2024

Decerto existes

 

Lá longe, no inverno doutros mares,

Decerto existes. Assim se diz das ilhas

E, no seco das ilhas, de diz das fontes.

Pois se existes e de existir te escondes  

Como não despontas tu no elixir dos simples que

De tão simples te julgam ver no horizonte?


TORRADO, António, Das coisas interiores, Lisboa, Glaciar, 2022, p. 91.

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