A falta que me fazes
Não iguala a fala que te faço. Nada a voz
Na boca vazia do poema.
Tudo excede em mim a tua ausência.
Mas teu corpo progride recriado
No espasmo.
Receio chegar assim aos teus sentidos.
Tenho vários ofícios quando amo.
Processo palavra por palavra
O meu desejo.
E suo
(...)
CARVALHO, Armando Silva, O País das minhas vísceras, s.l., Língua Morta, 2021, p. 311.
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