Aberta e vulnerável no campo oposto, a baliza é a vagina da mulher do Outro, e a penetração do golo hostil a maior humilhação que se pode infligir ao inimigo. Daí que, nesse instante, o estádio se levante e o delírio seja levado ao rubro, explodindo no urro triunfal dos adeptos vencedores, de cujas gargantas o som jorra, como uma torrente de esperma.
GERSÃO, Teolinda,
Prantos, amores e outros desvarios, Lisboa, Porto Editora, 2016, p. 52
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