vou escrever na pedra a palavra amor - inventar uma textura na minha estória pessoal. há uma ruga na pedra sulcada pela minha lágrima. se a pedra sorrir vou me esconder no riso dela. se o vento vier vou alisar o tempo perdido e construir memórias.
primeiro vou beijar a mulher, depois a pedra.
se sobrarem beijos, vou atirá-los a favor do vento.
ONDJAKI, Materiais para confecção de um espanador de tristezas, Editorial Caminho, 2009, p 51
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