Esqueçamos as palavras, as palavras:
As ternas, caprichosas, violentas,
as suaves de mel, as obscenas,
as de febre, as famintas e sedentas.
Deixemos que o silêncio dê sentido
ao pulsar do meu sangue no teu ventre:
Que palavra ou discurso poderia
Dizer amar na língua da semente?
SARAMAGO, José, Provavelmente alegria, Lisboa, Porto Editora, 2014, p. 21.
Sem comentários:
Enviar um comentário