Sou a respiração que segue os teus passos
no invisível passeio do amor, de um e outro lado
erguem-se canteiros de flores furtivas
como os teus olhos abertos na surpresa
de um instante. Então, acompanho
o movimento das tuas mãos no piano
do corpo, tocando a silenciosa música
que morre como a onda, e como a onda
renasce num gesto em que os cabelos
se soltam como ave inquieta
P
JÚDICE, Nuno, Regresso a um cenário campestre, Lisboa, D. Quixote, 2020, p 90.
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