Vieste, meu Amado, acordar-me
do meu sono, e sumiste-te.
No meu coração, nasceste como a Lua
mas, mal olhei para ti, desapareceste.
Tendo tido um vislumbre do teu jardim
não mais tenho paciência para suportar esta existência.
Um gole do teu vinho inibriante
deixou-me perdido de amores e saudoso.
Pode uma casa manter-se de pé
quando as suas fundações foram abaladas?
No caminho do amor muitos são os altos e baixos,
muitas são as uniões e as separações.
Oh, quão interminável parece a jornada
até àquele lugar maravilhoso
aonde a minha paixão me leva.
Parece que este poema foi escrito a pensar em ti P
RUMI, O Pequeno livro da vida - o jardim da alma, do coração e do espírito, Alma dos Livros, 2020, p. 70.
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