Viver é sobreviver ser gota de água
Nas mãos do mar
É saber morrer a seus pés
Sob o olhar dum deus que atravessa absoluto
A palavra do espaço.
Depois de vivermos muito tempo junto ao mar
Sabemos que as palavras oxidam
Na cabeça
A largura da água é a medida mais fiel
a estranheza do corpo
Da sua duração no espírito.
CARVALHO, Armando Silva, O País das minhas vísceras, Língua morta, 2021, pp. 300-301.
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