Mais perto que nunca está o sol
do coração do tempo, e mais do meu.
neste dia de choro, mas de gritos
vociferados contra a vida crua.
Abro o livro dos anos, passo o rol
dos infernoss fingidos e do céu
que se esgueirava sobre os pardos mitos
iluminados por nenhuma lua.
Se o dia passa, no teu cabelo passa;
e no leite dos montes afagados
hirtos rechaçamos a desgraça
com os beijos comidos, assomados
ao sol do dia que silente abraça
a ventania dos corpos abraçados.
TANEM, Pedro, Rua de nenhures,Alfragide Publicações D. Quixote, 2013,p. 1 35
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