Sento-me na cadeira
e olho para o chão:
mesmo à minha beira
abre-se o vulcão
onde o fogo assume
sua condição
de rubro negrume
sem limitação.
sem mira que veja
onde acaba a mão
que tem a bandeja
do vinho e do pão.
Mesmo que não queira,
sorvido me sumo:
desfaz-se a cadeira e eu desfeito em fumo.
TAMEN, Pedro, Memória Indescritível, Lisboa, Gótica, 2000, p. 41.
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