domingo, 30 de setembro de 2012

Noiva de Azeitão


Vila Nogueira de Azeitão

Maio de 2012

Memórias do convento de S. Bento de Cástris

No belíssimo espaço de exposições da Direcção Regional de Cultura do Alentejo está patente uma nova exposição, organizada no âmbito das comemorações das Jornadas Europeias do Património em colaboração com o Arquivo Fotográfico de Évora. Fotografias do início do século até aos anos 60 do século XX podem ser vistas até ao dia 19 de Outubro.
 
Esta é uma boa forma de conhecer um pouco do passado deste deslumbrante convento eborense!
 




Praia do Alemão


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

denúncia

esse girassol
amarelo e só
tem do que é o sol
a luz que o rodou

não haverá tudo
do muito que é seu
fita mago e mudo
o azul do céu

e essa forte queixa
branda no acusar
a vida que o deixa
apenas fitar

no jardim sem fama
clama sem sinal
amarela chama
ao vento hibernal


CESARINY, Mário, Manual de Prestidigitação, Assírio e Alvim, Lisboa, 1980, p. 71.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Insónias

Deitou-se, apagou a luz… fechou os olhos com força, vem, sono, vem, mas o sono não vinha,.. quem será que não quer dormir em mim, o corpo inquieto, de quem, ou o que não sendo corpo com ele se inquieta, eu por inteiro, ou esta parte de mim…
 
SARAMAGO, José, O ano da morte de Ricardo Reis, Círculo de Leitores, 1999, p. 100

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

As frases...

as frases, quando ditas, são como portas, ficam abertas, quase sempre entramos, mas às vezes deixamo-nos estar do lado de fora, à espera de que outra porta se abra, de que outra frase se diga…
 
SARAMAGO, José, O ano da morte de Ricardo Reis, Círculo de Leitores, 1999, p. 191.

 

domingo, 2 de setembro de 2012

A esperança

A esperança, só a esperança, nada mais senão ela, é então que descobrimos que ainda temos tudo.

SARAMAGO, José, O ano da morte de Ricardo Reis, Círculo de Leitores, 1999,p 134.


 

 

 

 

sábado, 1 de setembro de 2012

Solidão

  … a solidão não é viver só, a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz.

SARAMAGO, José, O ano da morte de Ricardo Reis, Círculo de Leitores, 1999, p
236