quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Pormenores do Tribunal da Relação de Évora




Palácio dos Barahona

Tribunal Europeu de Justiça

O Tribunal de Justiça interpreta o direito da UE a fim de garantir a sua aplicação uniforme em todos os Estados-Membros. Além disso, resolve os litígios entre os governos nacionais e as instituições europeias. Particulares, empresas e organizações podem recorrer ao Tribunal se considerarem que os seus direitos foram infringidos por uma instituição europeia.

O Tribunal de Justiça é composto por um juiz de cada país da UE. O Tribunal é assistido por nove «advogados-gerais», aos quais incumbe apresentar publicamente e com imparcialidade pareceres sobre os processos submetidos ao Tribunal. Os juízes e os advogados-gerais são nomeados por um período de seis anos, renovável. Os governos dos países da UE chegam a acordo sobre quem querem nomear.

A fim de ajudar o Tribunal de Justiça a fazer face ao grande número de processos que lhe são submetidos e de proporcionar aos cidadãos uma protecção jurídica mais eficaz, um «Tribunal Geral» ocupa-se das acções intentadas por particulares, empresas e algumas organizações, bem como de processos relacionados com o direito da concorrência. O Tribunal da Função Pública Europeia pronuncia-se sobre os litígios entre as instituições da UE e o seu pessoal.

Fonte:  http://europa.eu/about-eu/institutions-bodies/court-justice/index_pt.htm

Tudo a nu



Na rua António Barbudo, no centro histórico de Portimão, descobri esta maravilha de obra, maravilha no sentido que pôs a nu a morfologia da arquitectura tradicional algarvia e de que há uma casa em recuperação, felizmente.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Família por parentesco



é tamanha a dívida que se tem aos sogros, e estes ao genro, uns a outros os cunhados, tanto o amor que se deve a pessoas tão conjuntas, que porque se não pode pagar, se converte em aborrecimento. 


MELO, D. Francisco Manuel de, Carta de guia de casados, Lisboa, Editorial Verbo, s/d, p. 180.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O Príncipe e a Lavadeira

Havia, num país distante, um Rei. Vivia no seu palácio, no cimo da colina, rodeado de uma grande corte e na companhia do seu filho. Havia também nesse reino um bosque, um grande bosque atravessado por um pequeno rio azul. Muita gente vivia nesse bosque. Era gente boa e simples que nunca tinha entrado no palácio real e que sentiria pouco à vontade se lá entrasse, tal era a distância entre estes dois mundos tão próximos. Os homens eram caçadores e lenhadores. As mulheres lavavam a roupa no rio.

Ora um dia o Príncipe, cavalgando no bosque ao longo do rio, viu uma jovem lavadeira. Ficou secretamnete a olhar para ela por detrás dos canaviais e apaixonou-se por ela. Gostaria de se propôr a ela e de a enamorar. Mas como fazer? Levá-la a viver no palácio não era possível, seria de mais para ela. Ir ele viver para a clareira do bosque, com toda a sua corte, também não. Assustá-la-ia, a ela e a todos, e não iria resultar. Foi então que decidiu: “deixarei a corte, perderei todos os meus privilégios reais, irei viver como mais um na clareira do bosque”.


LEMOS, Nuno Tovar de, O Príncipe e a Lavadeira – Redescobrir a fé cristã, histórias simples para falar de Deus e de nós, 5.ª edição, Tenaritas, p. 83.

Termas da Tourega







Bem perto de Évora podemos visitar estes vestígios arqueológicos que foram descobertos graças às obras de ampliação do cemitério adjacente. A vida é amiga de surpresas ;)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Jardim Afonso de Alburquerque







O Jardim Afonso de Albuquerque é um jardim situado na Praça Afonso de Albuquerque, na freguesia de Santa Maria de Belém, em Lisboa. Está inserido numa zona especialmente marcada pelos Descobrimentos Portugueses.

O jardim tem uma área de cerca de 1,6 ha de planta quadrangular e simétrica, prolonga-se desde o Palácio Nacional de Belém até à Avenida da Índia. Numa plataforma central circular ergue-se uma estátua de Afonso de Albuquerque. O jardim desenvolve-se em volta, com vários tabuleiros de relva, bancos de pedra e quatro lagos artificiais situados nos quatro cantos do jardim e respeitando a simetria do mesmo.

FONTE wikipedia

Pare, escute e olhe


 Portimão

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Aquilino Ribeiro



Aquilino Gomes Ribeiro (Sernancelhe, Carregal, 13 de Setembro de 1885 — Lisboa, 27 de Maio de 1963) foi um escritor português. Considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Inicia a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois 1913 com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance "A Via Sinuosa", em 1918. Mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica. 

Em 1963 foi homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária. Morre no dia 27 de Maio. Nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas. É sepultado no Cemitério dos Prazeres.

Apenas em 2007, a Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional, estando o seu corpo numa sala desta igreja - cuja fotografia do túmulo publico hoje. A cerimónia de trasladação para a Igreja de Santa Engrácia (Lisboa) ocorreu a 19 de Setembro desse mesmo ano.

A linguagem de Aquilino Ribeiro caracteriza-se fundamentalmente por uma excepcional riqueza lexicológica e pelo uso de construções frásicas de raiz popular, cheias de provincianismos. Apesar de ter optado por uma literatura de tradição, Aquilino procurou ao longo da sua vida uma renovação contínua de temas e processos, tornando-se assim muito difícil sistematizar a temática da sua vastíssima obra.

Num número considerável de obras, Aquilino reflecte, ainda que distorcidas pela imaginação, cenas da sua vida: o convívio com as gentes do campo, a educação ministrada pelos sacerdotes, as conspirações políticas, as fugas rocambolescas, os exílios.

Até 1932, ano em que fixa residência na Cruz Quebrada, todos os ambientes, contextos e personagens que Aquilino cria, remetem para a sua querida Beira natal. O Malhadinhas, Andam Faunos pelos Bosques e Terras do Demo constituem o melhor exemplo desta situação. De facto, ver-nos-emos, com uma extrema facilidade, envolvidos com as suas personagens beirãs, os seus costumes, tradições e modos de falar típico. Aquilino Ribeiro como escritor não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época.

Tem colaboração na revista Alma Nova, começada a publicar em Faro em 1914, e na revista luso-brasileira Atlantida (1915-1920).

Fonte: Wikipédia.

Lago poético

Um poema de Italo Calvino num meio de um jardim é algo que nos surpreende, como este do lago central do jardim de 1.º de Dezembro de Portimão:

Um lugar tem de se tornar
uma paisagem interior
para que a imaginação
comece a habitar esse lugar
e fazer dele o seu teatro

Apollo Hotel Utrecht City Centre





Em Utreque pernoitei neste Hotel, onde os pormenores não foram esquecidos, apesar da simplicidade permanecer. Gostei do local pela simpatia do pessoal, por ser central (o que dificultou um pouco o estacionamento por o centro de Utreque estar todo em obras em Maio de 2013!!) mas não gostei de ter o secador de cabelo avariado ;( O espaço foi todo remodelado mas o edifício tem uma idade que não engana.

Inverno azul

 
Luxemburgo, 2014

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Contrastes de luz


Escultura D. Carlos, Cascais

O monumento, que está instalado à entrada do Passeio de D. Maria Pia desde 2008, junto à Cidadela e num dos acessos à marina, representa o monarca em pé, à beira da amurada do iate Amélia, a olhar a baía. Segundo uma nota da autarquia, a figura do rei, trajado com uniforme da Marinha, foi fundida em bronze e assenta numa base em pedra "azulino de Cascais", bujardada "de modo a simbolizar o mar". A borda da embarcação é em aço, ferro, latão e madeira. 

D. Carlos de Bragança, que desenvolveu intensa actividade artística e desportiva, promoveu uma dúzia de campanhas oceanográficas entre 1896 e 1907 e montou no Palácio da Cidadela o primeiro laboratório de biologia marítima do país.

Fonte:  http://cidadaniacsc.blogspot.pt/2008/01/cascais-inaugura-esttua-de-d-carlos-i.html

Gare de Estrasburgo









quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Rafael Bordalo Pinheiro


Rafael Bordalo Pinheiro, marcado pelo ambiente artístico da casa paterna, sendo que o seu pai Manuel Maria Bordalo Pinheiro, era funcionário do Estado, bastante modesto, e, simultaneamente, pintor sem grande qualidade mas muito entusiasmo. Columbano tem alguns belos desenhos que evocam os serões domésticos com gatos, o animal eleito de Rafael, e muitos desenhos à mesa, à luz de candeeiro.

Tendo em conta a personalidade das principais figuras culturais de então, Rafael Bordalo Pinheiro destaca-se pela modernidade militante, pelo optimismo visceral e pela tranquilidade com que sempre viveu a sua agitada e nada fácil vida. No entanto, ele é saudavelmente um desiludido com as pessoas – que, para ele, todas são corruptíveis – e, sobretudo, com as instituições que, mesmo depois das reformas, regressam ao mesmo: arrogância e ignorância. A História é um palco em que a intriga é sempre a mesma. Delineia-a como comédia e farsa, não como tragédia. Usa o riso para provocar e agredir mas não para curar o que não tem cura.

Entende o atraso do país, a sua sebastiana megalomania, a sua preguiça e trafulhice e está sinceramente convencido que não tem cura. Descrê do Rotativismo monárquico (cujos podres conheceu como ninguém) mas não é grande entusiasta da República. Sabe que Portugal será sempre um peão, ou uma bola de sabão a desfazer-se nas mãos interesseiras de John Bull ou do Kaiser. Este é o contexto da criação do Zé Povinho, esperto e matreiro, sem moral nenhuma: se pudesse trepava para as costas dos que o cavalam a ele. Não gosta de trabalhar e prefere resignar-se do que a combater. O manguito é o seu gesto filosófico perante os desacertos do mundo. Esta descrença não foi para Rafael Bordalo Pinheiro um estado de alma, antes uma espécie de filosofia social, ancorada na ciência do seu tempo dominada pelas teorias de Darwin e a morte de Deus. Por isso ele foi tão diferente dos seus contemporâneos artistas como ele.Trabalhando em jornalismo, ele amava as máquinas e as suas novas possibilidades de edição. Amava trabalhar em conjunto, improvisar, colar-se na cadeia de produção em lugar estratégico, dominando e intervindo em todas as fases.Usou a arte como sistema complexo e múltiplo de comunicação, misturada e intensificada pelo texto.Homem do seu tempo, apaixonado pelo progresso técnico deixa-se envolver pelos projectos do mano empresário e embarca na aventura de fazer uma fábrica para renovar as artes populares do barro. Age, nesta questão, como homem das Arts and Crafts, próximo de John Ruskin que talvez nem conhecesse. 


FONTE: Raquel Henriques da Silva in http://www.museubordalopinheiro.pt/0101.htm