segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sobral da Adiça - Moura








Ruas mais calmas não há ;)

Jardim da Gulbenkian

Saí para o jardim, onde caminhei no meio das árvores. É um jardim muito verde, quase sem flores. O verde é uma cor tranquilizante. As linhas do jardim também. Horizontais e verticais. Árvores e água. Céu, um lago, placas de cimento ladeadas de arbustos, e vastas extensões de prado.


GERSÃO, Teolinda, A cidade de Ulisses, Porto, 2.a edição, Sextante Editora, 2011, p.12.

Mãe dominadora

... lá porque uma mulher se dá ao trabalho de criar uma bela filha, crê ter o talento que é necessário para dirigir a sua vida, e, lá porque, quando ela tinha seis anos, lhe dizia acertadamente, "Menina, endireitai vossa gola", quando essa filha tem dezoito anos e ela cinquenta, quando essa filha tem tanto ou mais juízo que a sua mãe, esta, levada pela mania de dominar, não se pode crer no direito de dirigir a sua vida e mesmo de utilizar a mentira.

STENDHAL, A Abadessa de Castro, Lisboa, Editorial Teorema, 1997, p. 121.

Esteva

Cistus ladanifer é uma espécie de planta com flores da família Cistaceae. Os seus nomes comuns são esteva, xara, cerguaço, esteva-de-flor-toda-branca, esteva-do-ládano, esteva-lada, esteva-ordinária, estevas, estevão, lada, ládano, ledon, ládano-de-espanha, estêva, lábdano ou roselha.

É nativa da parte ocidental da região mediterrânica, crescendo espontaneamente desde o sul de França a Portugal e no noroeste de África. É um arbusto que atinge 1-2,5 m de altura e de largura. Esta flor encontrei nos campos de Vila Viçosa.

Fonte: Wikipédia.

domingo, 28 de maio de 2017

Quando fazia ironia com a vida

Mas nesse tempo eu era estúpido, fazia ironia com a vida, não sabia aproveitar a vida que me era dada, e foi assim que perdi a oportunidade e a vida me escapou.

TABUCCHI, António, Os voláteis de Fra Angelico - Sonhos de sonhos - Os três últimos dias de Fernando Pessoa, D. Quixote, Alfragide, 2015, p. 171.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Sentido da vida...

... para todos, o sentido da vida, o valor da vida e a relação com a morte eram completamente diferentes dos conceitos actuais do Ocidente. Os homens da Idade dos Descobrimentos ainda não pensavam na própria existência como um usufruto individual, mas como um bem colectivo. O preço de cada vida não era um valor subjectivo que cada pessoa atribuía a si mesma, mas um recurso objectivo reinvidicado pela comunidade. Um abandono quase sacrificial animava estas almas.

CADILHE, Gonçalo, Nos passos de Magalhães - Uma biografia itinerante, Cruz Quebrada, 2.ª edição, Oficina do Livro, 2008, p. 96.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Cidade de Montemor

Montemor-o-Novo é uma cidade portuguesa localizada no Distrito de Évora, no Alentejo Central, com cerca de 12 000 habitantes. É sede de município, possuindo 1 232,97 km² de área (um dos maiores de Portugal) e 17 437 habitantes (2011).

Fonte: Wikipédia.

domingo, 21 de maio de 2017

Vila Real

Linda ao amanhecer ;D

O silêncio chama a atenção?

 - Não te rias. Falar sem chamar a atenção não é fácil! Estar sempre presente através da palavra e todavia continuar sem ser ouvido requer virtuosismo!
- O sentido desse virtuosismo escapa-me.
- O silêncio chama a atenção. Pode impressionar. Tornar-te enigmático. Ou suspeito.

KUNDERA, Milan, A Festa da Insignificância, D. Quixote, 2014, p. 25.


quinta-feira, 18 de maio de 2017

"Arte natural"

Rio Tâmega, Amarante
Às vezes penso, nós Homens somos artistas por gostarmos de transmitir os nossos sentimento, só que por vezes esquecemo-nos que a natureza também é artista em si. Esta fotografia é um bom exemplo de como Deus criou uma arte natural. Devemos olhar com mais atenção para estes quadros paisagísticos e saber respeitar a natureza. Só assim podemos ser Homens.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Um bom exemplo de regeneração urbanística em Portugal

  Da Expo 98
 

ao Parque das Nações

Serão os escritores mentirosos?

Mas deixe que lhe diga uma coisa. Não acredite muito no que dizem os escritores: eles estão quase sempre a mentir (dizer mentiras). Disse um escritor de língua espanhola que você talvez conheça, Mário Vargas Llosa, que escrever um conto é uma cerimónia semelhante ao "sritp-tease". Como a rapariga que, sob impudico projector, despe as roupas que traz e mostra as suas graças secretas, também o escritor desnuda em público a sua intimidade através dos seus contos. Há, evidentemente, diferenças. O que o escritor exibe de si próprio não são as suas graças secretas, como a desenvolta rapariga, mas sim o fantasmas que o assediam, a parte mais feia de si próprio: as suas nostalgias, as suas culpas e os seus rancores.

TABUCCHI, António, Os voláteis de Fra Angelico - Sonhos de sonhos - Os três últimos dias de Fernando Pessoa, D. Quixote, Alfragide, 2015, p. 48.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Dor

A minha dor é como o tempo, eternamente mais velho, e eternamente a mesma: hoje tão forte como ontem, mas mais forte.
 
PESSOA, Fernando, O eremita da serra negra, O mendigo e outros contos, Porto, Assírio e Alvim, 2012, p. 50.

No fim, fica apenas o deserto


Se chove as plantas florescem; se não há chuva, secam e morrem. Os insectos são comidos pelas lagartixas, por sua vez devoradas pelos pássaros. Todos acabam por morrer e, depois de mortos, ficam ressequidos. Uma geração desaparece, outra toma o seu lugar. É assim que as coisas se passam. Há muitas maneiras de viver. Há muitas maneiras de morrer. Isso, porém, não tem qualquer importância. No fim, fica apenas o deserto. Só o deserto permanece verdadeiramente vivo.  

MURAKAMI, Haruki, A sul da fronteira, a oeste do sol, Alfragide, 5ª edição,Casa das Letras, 2014, p. 96.

Morte igual a solidão

A morte pode explicar muitas solidões, porque a solidão não é uma enfermidade da alma: são muitas.

BAPTISTA-BASTOS, Armando, As bicicletas em Setembro, Porto, Edições ASA, 2007, p. 49.

Estremoz envolvente


O louvor dos mortos é um modo de orar por eles


ASSIS, Machado de, Dom Casmurro, Lisboa, Universitária Editora, 1977,  p. 110.

Morte

A morte, só ela invencível, mais poderosa e implacável que todas as vicissitudes humanas e que todas as dissoluções sociais, separou um do outro...

QUEIRÓS, Eça de, ORTIGÃO, Ramalho, O Mistério da estrada de Sintra, Lisboa, Sociedade Editora de Livros de Bolso, 2010, s/p.