terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Despedida

Portimão 


Por mim, e por vós, e por mais aquilo 
Que está entre as outras coisas nunca estão,
Deixo o mar bravo  e o céu tranquilo:  
Quero solidão.
(...) 
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Despedida in Meireles, Cecília, Antologia Poética, 3.a edição, Rio de Janeiro, Relógio d' Águas Editores, 2002, p. 57.


O que te resta?

 Ah!, não me roubou tudo a negra Sorte:

Inda tenho este abrigo, inda me resta

O pranto, a queixa, a solidão e a morte.


BOCAGE - sonetos completos de Bocage, Lisboa, Círculo de Leitores, 1983, p. 18.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

A vida é tão pequena


Mas a vida é tão pequena,
Bela sobre toda a flor!
- tão pequena para amar-te...
E em toda a parte
Causa espanto o meu amor.


 Meireles, Cecília, Antologia Poética, 3.a edição, Rio de Janeiro,  Relógio d' Águas Editores, p. 136.


Feliz Natal


 Évora 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Não desembarcar



Não desembarcar não tem cais onde se desembarque. Nunca chegar 
Há poesia em tudo - na terra e no mar, nos lagos e nas margens do rio. Há-a também na cidade - não o neguemos - facto evidente para mim enquanto estou aqui sentado: há poesia na trepidação dos carros nas ruas, em cada movimento ínfimo, vulgar, ridículo, de um operário que, do outro lado da rua, pinta a tabuleta de um talho.

PESSOA, Fernando, Tenho medo de partir - um livro de viagens, Lisboa, Guerra e Paz, 2018, p. 11.



Árvores de Natal







 Jardim de Natal de Évora 

Malabarismos na praça


 Festival Rascunho em Évora 
Agosto de 2024