quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Castelo de Beja

À época da Reconquista cristã da foi inicialmente conquistada pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1159, para ser abandonada quatro meses mais tarde. Foi reconquistada de surpresa, por uma expedição de populares idos de Santarém, em princípio de Dezembro de 1162.


Nos anos que se seguiram, posteriormente à derrota daquele soberano no cerco de Badajoz (1169), o cavaleiro Gonçalo Mendes da Maia - o Lidador, já nonagenário, perdeu a vida na defesa das muralhas de Beja.
O primeiro restauro dos muros de Beja data do reinado de D. Afonso III (1248-79), que as fez iniciar a partir de 1253, com recursos oriundos, por dez anos, por dois terços dos dízimos das igrejas de Beja. No ano seguinte (1254), a povoação recebeu o seu foral nos mesmos termos do de Santarém, confirmado em 1291 no reinado de seu filho, D. Dinis (1279-1325). Este, por sua vez, prosseguiu as obras de reconstrução, reforçando e ampliando as muralhas e torres (1307) e iniciou a construção da torre de menagem (1310).
No século XV, sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481), a Vila foi elevada a ducado, tendo como 1° duque de Beja o seu irmão, o infante D. Fernando e, posteriormente, o rei D. Manuel I (1495-1521). No reinado deste último soberano têm lugar grandes obras de beneficiação das defesas da vila, elevada a cidade em 1517.


Até ao século XVII, o Castelo de Beja foi objecto de diversas ampliações e modernizações, particularmente no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, quando foi reforçado por baluartes conforme projeto do engenheiro-militar e arquitecto francês Nicolau de Langres, aprovado pelo engenheiro e cosmógrafo-mor do reino, Luís Serrão Pimentel, e pelo general Agostinho de Andrade Freire. No período de 1669 a 1679 as obras foram dirigidas pelos engenheiros João Coutinho, Diogo de Brito de Castanheira e Manuel Almeida Falcão, porém jamais foram concluídas. No século XX foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 16 de Junho de 1910.

Numa combinação de estilos românico, gótico, manuelino e maneirista, o monumento apresenta planta no formato pentagonal. Sem talude, a muralha, coroada por merlões prismáticos, possui adarve envolvente, estando flanqueada originalmente por quarenta torres (entre as quais a de menagem), rasgada por sete portas e dois postigos, e circundada por barbacãs.


A robusta Torre de Menagem, no estilo gótico, é considerada como um dos mais belos exemplos da arquitectura militar da Idade Média em Portugal. Elevando-se a quarenta metros de altura (a mais alta do país), é constituída por três pavimentos. A torre apresenta balcões angulares sobre matacães, unidos por varandins defendidos por ameias piramidais. É rasgada por portas ogivais e janelas geminadas, em arco de ferradura. As salas no seu interior, ricamente decoradas, apresentam tectos em abóbada de ogivas.



A porta principal do castelo abre-se em arco ogival e acessa a praça de armas. Das primitivas portas restam ainda duas de origem românica: a Porta de Évora, contígua ao castelo; e o arco da Porta de Avis. A Porta de Moura é defendida por dois torreões.
Fonte: Wikipédia.

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