segunda-feira, 10 de maio de 2021

Morte temporária

Porque há mortes temporárias. Quando falhas, quando perdes, quando te enganas. Mas ninguém volta de quando se mata de si. E aqui é isso o que me fazem, é isso o que me faço: mato-me de mim. Acabo-me de mim. Finjo-me de mim. Afasto-me de mim. A morte não será pior do que ficar a vida depois da esperança.

Há tantos mortos que ainda andam por aqui.

FREITAS, Pedro Chagas, O Amor não cresce nas árvores, Alfragide, Oficina do Livro, 2018, p.56.

Sem comentários: