Eu sei que cada livro abre mundos mais infinitos do que as viagens das nossas caravelas e eu gostava de os descobrir. Vivo com este desgostos. Olhar para uma folha escrita e ver garatujos, sinais misteriosos que são palavras. As mesmas que dizemos, que escutamos, que trocamos entre nós. Gostava tanto de saber como se escreve a palavra amo-te. Queria escrevê-la e entregar-ta como testemunho. Até porque as palavras escritas parecem ter mais força do que aquelas que são ditas. Fixam-se no tempo. São uma marca que fica.
FLORES, Francisco Moita, Segredos de Amor e Sangue, Alfragide, Casa das Letras, 2.ª edição, 2014, p. 24.
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