Matar o tempo, eis o único objectivo. E matá-lo bem morto. Não pensar. Não sentir.
Não falar de problemas da vida. Não ler. Nem ouvir o que se passa na vida, à
nossa volta. (…) Matar o tempo. Não sentir. Não falar. Não ler. Nem ouvir o que
se passa na vida à nossa volta. Eis porque que nos matamos de canseiras. É este
o tempo de matar Matando-nos. Matando à pressa o tempo das nossas vidas.
FONSECA, Manuel
da, Matar o tempo, O vagabundo na cidade, Editorial Caminho, 2001, p.p. 37-38.
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