Podes sentar-te nas verdes arribas do teu país e olhar o mar em redor. Não há um barco a partir, não há um barco a chegar. Só uma grande mancha de espuma a desfazer-se na areia. Alguém abriu os braços em cruz. Alguém se oferece às ondas, à grande onda que vem para te levar. Não é preciso nadar nem caminhar sobre as águas. Uma onda te leva por sobre o mar, por sobre a espuma. Tu mesmo te estás a ver do cimo de uma verde arriba do teu país.
ALEGRE, Manuel, Tudo é e não é, Alfragide, Publicações D. Quixote, 2013, p.81.
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