segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O esquecimento dos Alentejanos



Há portugueses, aqui nascidos e criados, que passam fome, sem dinheiros e sem mantenças. As câmaras alentejanas vivem à míngua, o desenvolvimento económico das vilas e aldeias é nulo, ou processa-se em normas ultrapassadas, pois quem deseja mandar nelas são ainda os senhores feudais e os homens que cá não nasceram. E os alentejanos abalam para ajudar a erguer novos prédios nas grandes metrópoles, hostilizam-nos como se fosse gado tresmalhado em seara alheia.  

SILVA, Antunes da, Suão, Livros Horizonte, Lisboa, 7.ª Edição, 1985, p. 211.

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