Há portugueses,
aqui nascidos e criados, que passam fome, sem dinheiros e sem mantenças. As
câmaras alentejanas vivem à míngua, o desenvolvimento económico das vilas e
aldeias é nulo, ou processa-se em normas ultrapassadas, pois quem deseja mandar
nelas são ainda os senhores feudais e os homens que cá não nasceram. E os
alentejanos abalam para ajudar a erguer novos prédios nas grandes metrópoles,
hostilizam-nos como se fosse gado tresmalhado em seara alheia.
SILVA, Antunes
da, Suão, Livros Horizonte, Lisboa, 7.ª Edição, 1985, p. 211.
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