terça-feira, 13 de novembro de 2018

Castelo de Terena


Embora se desconheça uma data precisa para o início das obras de construção do castelo, acredita-se que terá tido lugar no século XIII. Sob o reinado de D. Fernando (1367-1387) o castelo e a sua barbacã encontram-se referidos (1380), o que denota que os trabalhos de fortificação encontravam-se em progresso.

Sabe-se que D. João II (1481-1495) nomeou como Alcaide-mor da vila a Nuno Martins da Silveira (1482), nome associado a obras de reconstrução no castelo. Essa ampla campanha de obras  prosseguiu nas primeiras décadas do século XVI, sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) vindo a ser completadas as obras na Torre de Menagem e no paço de alcaides. Nesta fase, o castelo encontra-se figurado por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). O risco da torre de menagem é atribuído aos arquitectos do reino, Diogo e Francisco de Arruda, estando o castelo classificado como Monumento Nacional desde 1946.


De modestas dimensões, o castelo apresenta planta no formato pentagonal irregular, com quatro torres de planta circular dispostas assimetricamente, apenas uma protegendo um ângulo da muralha.
Embora figurada por Duarte de Armas, não se conhece bem a primitiva entrada do castelo. O seu desenho revela um acesso direto, protegido em ambos os lados por cubelos associados à torre de menagem, a meio de um dos panos da cerca.

A torre de menagem apresenta planta quadrangular, dividida internamente em dois pavimentos. Cunhada em cantaria, é dotada de seteiras cruciformes, porta de capitelação encorada e balcões manuelinos, sobrepujada pelo sino de correr.

A defesa do portão atual, manuelino, em cotovelo, encimado por dois grandes arcos de volta perfeita, com impostas marcadas e decoradas com bolas e entrelaçados, é complementada por uma pequena barbacã, cujo terraço é alcançado por um adarve. A remodelação do conjunto do portão e da torre de menagem, cujo interior foi apalaçado na ocasião, é atribuída aos irmãos Diogo e Francisco de Arruda, por volta de 1514.

Em lado oposto ao portão principal rasga-se na muralha a Porta do Campo, também denominada como Porta do Sol. Entaipada durante as obras promovidas no final do século XVII, apresenta ainda a primitiva estrutura dionisina, em arco apontado ao estilo gótico, ladeada por dois torreões de planta circular.

Fonte: Wikipédia.

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