sábado, 6 de agosto de 2022

Não te esqueças nunca

 Não te esqueças nunca de Thasos nem de Egina

O pinhal a coluna a vemência divina

O templo o teatro o rolar de uma pinha

O ar cheirava a mel e a pedra a resina

Na estátua morava tua nudez marinha

Sob o sol azul e a veemência divina

 

Não esqueças nunca Treblinka e Hiroshima

O horror o terror a suprema ignomínia

 

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, Ilhas, Assírio & Alvim, 6.ª edição, 2016, p .38.

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