quarta-feira, 7 de março de 2012

Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Lisboa

Este mês tive a possibilidade de visitar o Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa. Um edifício calmo no meio da confusão do Campo Grande. Como visitante relaxei num espaço renovado e bem concebido museologicamente, adorei os expositores, simples e práticos em inox. No rés-de-chão apreciei belas peças da autoria do ceramista enquanto no primeiro andar conheci um pouco sobre a sua vida, família e obra, além de me rir com os seus desenhos satíricos nos inúmeros jornais por si publicados.

Aqui fica uma selecção de textos do site oficial da instituição: A reabilitação e requalificação que agora se conclui, operando uma significativa transformação deste espaço, que ganha nova consistência programática, consentânea com as potencialidades do notável acervo que encerra.
A intervenção de reabilitação da moradia que instala o Museu desde a sua origem concretizou-se no respeito integral pelo conjunto, que ganhou já valor patrimonial, porque indissociável da história da própria instituição museal.
As transformações aqui operadas, ainda que não tenham tido como resultado um ganho significativo de espaços, vieram dotar o museu das condições de conservação, de exposição e de acessibilidade, ao nível das mais exigentes normas da actual museologia.
As novas propostas de organização temática das colecções propiciam uma actualizada leitura das peças em exposição, apoiada por meios audiovisuais e multimédia, que possibilitam uma maior compreensão da própria obra e dos contextos da sua produção.
A rotatividade das colecções sustentada pelo novo desenho museográfico, dotado de grande flexibilidade, permitirá colmatar a exiguidade dos espaços, dando a conhecer através de apresentações ciclicamente renovadas, todo o acervo do Museu.
Neste regresso do Museu ao contacto com o público, privilegiou-se naturalmente, uma selecção das peças de referência, sem no entanto descurar a mostra de obras que se conservavam inéditas, algumas adquiridas recentemente.
Aquela que é a maior e mais significativa colecção bordaliana, constituída por 1200 peças de cerâmica, 3500 exemplares de gravura, 3000 originais, entre desenho e pintura, 900 fotografias de época, 1300 publicações e um significativo acervo documental, foi objecto de criteriosa operação de limpeza e conservação, com algumas, necessárias, intervenções de restauro, num trabalho exaustivo conduzido e levado a cabo pela equipa do Museu.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro desempenha a dupla função de salvaguarda e divulgação de uma colecção fundamental para a compreensão do Portugal da segunda metade de Oitocentos e, simultaneamente, de abertura dinâmica às solicitações da arte contemporânea, imprescindível à
captação de novos públicos e ao estabelecimento de uma renovada relação dos artistas com o museu.

Fonte: http://www.museubordalopinheiro.pt/0204.htm#

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