No
ano de 1412, o cónego Luís Gonçalves, tesoureiro-mor da Catedral de
Évora, fundou a primitiva ermida gótica dedicada a Nossa Senhora do
Espinheiro, em consequência de uma aparição da Virgem sobre um
espinheiro.
Os relatos dos milagres patrocinados por Nossa Senhora
do Espinheiro atraíram grande número de peregrinos, e em 1547 o oratório
foi aumentado, fruto das doações de João Afonso e Leonor Rodrigues, um
nobre casal eborense. A crescente devoção a Nossa Senhora conduziu à
fundação de uma igreja no ano seguinte e no mesmo local. Igreja à qual o
bispo da diocese D. Vasco Perdigão associou, pouco depois, um convento
de frades Jerónimos.
Desde sempre protegido pela Casa Real, o
convento sofreu múltiplas intervenções durante os reinados de D. Afonso
V, D. João II, D. Manuel, D. João III e D. Sebastião. Simultaneamente,
foi palco de muitos acontecimentos políticos de singular importância.
Uma última referência ao pintor
Frei Carlos, monge professo no Convento de Nossa Senhora do Espinheiro,
onde pintou muitas das suas tábuas, tão significativas no contexto da
denominada pintura primitiva portuguesa. À época da extinção dos
conventos, algumas das pinturas de Frei Carlos encontravam-se na nave da
igreja, tendo então sido remetidas para o Depósito dos Conventos, sito
em São Francisco da Cidade de Lisboa.
Fonte: Igespar
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