Mas ali, no hospital, a doença tinha vida; era uma espécie de massa cinzenta na tela de um principiante, onde todas as cores se misturam sem sentido. Aos olhos do homem, o hospital aparecia como um templo à fraqueza humana; uma igreja onde legiões e legiões de seres microscópicos e imundos se juntavam para orar em conjunto a Grande Prece da Destruição.
CACHAPA, Possidónio, Materna doçura, Lisboa, Oficina do Livro, 2004, p.155.
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