domingo, 22 de maio de 2022

Igreja de Santa Maria de Marvila


A Igreja de Santa Maria de Marvila localiza-se em pleno centro histórico de Santarém, na freguesia de Marvila, em Portugal. Está situada junto ao largo conhecido anteriormente como Praça Nova, onde se localizavam os Paços do Concelho na Idade Média. A igreja, que remonta à reconquista cristã, era uma das mais importantes da antiga vila. O templo actual, representativo do manuelino e do renascimento, é fruto das várias campanhas construtivas que foi sofrendo ao longo do tempo. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1917.



A igreja foi totalmente reconstruída em meados do século XIII, adquirindo então uma aparência gótica da qual já muito pouco resta na actualidade. No entanto, a intervenção mais marcante haveria de ser levada a cabo na primeira metade do século XVI, quando sob o patrocínio do Vice-Rei da Índia, D. Francisco de Almeida, a igreja foi ampliada e totalmente reformada. Esta campanha construtiva, que estaria concluída em 1530, conferiu a actual configuração manuelina ao templo, datando desta mesma época o portal principal, os arcos interiores, a cabeceira e a torre primitiva. Esta campanha foi seguida por uma outra, talvez na sequência do terramoto de 1531, no reinado de D. João III, de cunho renascentista, da qual resultou a reforma geral do interior. Em 1573, reuniu-se na igreja o Capítulo Geral da Ordem de Cristo, presidido pelo rei D. Sebastião. 


Na primeira metade do século XVII, regista-se uma nova intervenção, de cunho maneirista, a cargo dos mestres Francisco Coelho e Sebastião Domingues, de que é exemplo o Calvário que tapa um dos óculos. Ainda neste período foi levada a cabo a campanha de aplicação dos azulejos das capelas da cabeceira e da capela-mor, entre 1617 e 1620, e das naves laterais, entre 1635 e 1639. Este riquíssimo património azulejar justifica o epíteto de catedral do azulejo pelo qual o templo é conhecido. Ainda desta intervenção datam o retábulo pictórico executado pelo pintor Simão Rodrigues, do qual apenas resta a tela sobre o arco triunfal, a pintura da abóbada da sacristia, em 1690, e a construção do retábulo em talha dourada do altar-mor, em 1700.


Fonte: Wikipédia.

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