![]() |
Ilhas, Arraiolos |
Há uma porta que se abre a meio do poema
Para sair e amar e não a sei
Por isso morre o poema chegado o fim do verso
em que o teu rosto se fechou a meio do poema
que chave para essa porta abrindo a manhã do mundo?
abre-se no verso uma janela e o poema respira
Abre-se no amor uma porta e o poema expande-se
soubesse eu a sílaba que abre o teu rosto à luz
e o labiríntico poema teria um fim
mas no perdido verso fecha-se o teu nome
e comigo dentro o poema morre.
RIBEIRO, Rui Casal, Escrever a água, Lisboa, Edições Colibri, 2018, p. 73.

Sem comentários:
Enviar um comentário