Há
uma forte relação simbólica deste monumento com o Cais do Sodré. Cais
que fora a antiga praça dos Remolares e anterior praia, que chegava perto
da linha actual dos eléctricos. Local de ancestrais tradições
marítimas, o topónimo remontará a 1370 com remulare, termo de uso
corrente já em 1434.
O séc. XIX confirmou-lhe o significado associando-o a remador,
manobra dos remos, marinheiros e respectivas equipagens.
Desde o período das Descobertas e até bem dentro do século XX, o Cais do Sodré fora um dos principais e mais directos portos de entrada na cidade de Lisboa, acedendo-se a ele directamente pela actual Rua do Alecrim. A escultura “Ao Leme”, de Francisco Santos, situa-se ali, no Jardim Roque Gameiro, assim chamado a partir de 1934. Concebida em 1913, foi inaugurada em 1915. Pensou-se inicialmente em colocar ali a estátua de Camões, mas em seu lugar ficou esta obra de Francisco Santos, decisão que foi tomada depois do aterro ter sido concluído até ao local onde o rio corre actualmente.
De realçar a boa qualidade figurativa que apresenta a obra, assim como o forte sentido de movimento que o tema exibe: a força física do marinheiro firmada na orientação do leme deixa antever a determinação do homem perante os caprichos do rio, ainda selvagem, cruzado até épocas recentes à força de braços. Ali subjacente está o tema do confronto do homem face ao ímpeto dos elementos, personificados pela inclemência do Tejo.
Fonte: Carlos Cabaço in http://www.lisboapatrimoniocultural.pt/artepublica/eescultura/pecas/Paginas/Ao%20leme.aspxDesde o período das Descobertas e até bem dentro do século XX, o Cais do Sodré fora um dos principais e mais directos portos de entrada na cidade de Lisboa, acedendo-se a ele directamente pela actual Rua do Alecrim. A escultura “Ao Leme”, de Francisco Santos, situa-se ali, no Jardim Roque Gameiro, assim chamado a partir de 1934. Concebida em 1913, foi inaugurada em 1915. Pensou-se inicialmente em colocar ali a estátua de Camões, mas em seu lugar ficou esta obra de Francisco Santos, decisão que foi tomada depois do aterro ter sido concluído até ao local onde o rio corre actualmente.
De realçar a boa qualidade figurativa que apresenta a obra, assim como o forte sentido de movimento que o tema exibe: a força física do marinheiro firmada na orientação do leme deixa antever a determinação do homem perante os caprichos do rio, ainda selvagem, cruzado até épocas recentes à força de braços. Ali subjacente está o tema do confronto do homem face ao ímpeto dos elementos, personificados pela inclemência do Tejo.
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