Chafariz urbano, adossado a muro, no topo de
uma praça, com algum efeito cenográfico, integrado no plano de
abastecimento de água à cidade de Lisboa, a partir das Águas Livres,
constituindo um dos ramais que parte desse canal.
Segue a tipologia de
chafariz de espaldar, com um forte carácter cénico barroco, disposto em
dois níveis, ligados por escadas laterais, cada um deles com espaldar
individualizado, tripartido, o inferior mais simples, dividido por
pilastras toscanas e com duas ilhargas, onde surgem duas bicas que
vertem para tanque rectangular, com os ângulos côncavos, destinado aos
animais.
O superior apresenta-se simples, com um único pano, bastante
largo e flanqueado por pilastras toscanas com fustes almofadados e
aletas, com o espaldar rematado por friso e cornija, interrompidos ao
centro por frontão triangular, tudo rematado por urnas; o espaldar
apresenta tabela recortada, com lacrimais na base, onde surgem duas
bicas, que vertem para tanques individuais, semicirculares, de perfis
galbados e bordos boleados, contendo réguas de ferro para apoio do
vasilhame. O chafariz segue, assim, o esquema mardeliano com dois níveis
de saída de água, o elevado para a população, com tanques
individualizados, e o inferior para os animais, semelhante ao Chafariz
da Esperança, apesar de se apresentar menos
exuberante.
Fonte: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6480
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