segunda-feira, 20 de abril de 2015

Afonso de Albuquerque



Afonso de Albuquerque (Alhandra, 1453 — Goa, 1515), nomeado O Grande, César do Oriente, Leão dos Mares, o Terribil e o Marte Português, foi um fidalgo, militar e o segundo governador da Índia portuguesa cujas acções militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do império português no oceano Índico. Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico - no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico - construindo uma cadeia de fortalezas em pontos chave para transformar este oceano num mare clausum português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.

Destacou-se tanto pela ferocidade em batalha como pelos muitos contactos diplomáticos que estabeleceu. Nomeado governador após uma longa carreira militar no Norte de África, em apenas seis anos -os últimos da sua vida- com uma força nunca superior a quatro mil homens sucedeu a estabelecer a capital do Estado Português da Índia em Goa; conquistar Malaca, ponto mais oriental do comércio Índico; chegar às ambicionadas "Ilhas das especiarias", as ilhas Molucas; dominar Ormuz, entrada do Golfo Pérsico; e estabelecer contactos diplomáticos com numerosos reinos da Índia, Etiópia, Reino do Sião, Pérsia e até a China. Áden seria o único ponto estratégico cujo domínio falhou, embora tenha liderado a primeira frota europeia a navegar no Mar Vermelho, a montante do estreito Bab-el-Mandeb. Pouco antes da sua morte foi agraciado com o título de vice-rei e "Duque de Goa" pelo Rei D. Manuel I, que nunca usufruiu, no que foi o primeiro português a receber um título de além-mar e o primeiro duque nascido fora da família real. Foi o segundo europeu a fundar uma cidade na Ásia, o primeiro foi Alexandre o Grande.


Afonso de Albuquerque serviu dez anos no Norte de África, onde adquiriu experiência militar: em 1471 acompanhou Afonso V nas conquistas de Tânger, Anafé e Arzila, onde permaneceu alguns anos como oficial na guarnição. Em 1476 acompanhou o príncipe D. João nas guerras contra Castela, tendo participado na batalha de Toro. Participou na esquadra enviada em 1480 em socorro de D. Fernando II rei de Aragão, Sicília e Nápoles «para reprimir o furor dos turcos» de avançar na península itálica, no Golfo de Tarento, em Otranto, que culminaria na vitória dos cristãos em 1481.

Em 1481, quando o príncipe D. João ascendeu ao trono como D. João II, Albuquerque regressou a Portugal e foi nomeado seu estribeiro-mor. Em 1489 retornou ao serviço no norte de África, onde comandou a defesa da fortaleza da Graciosa, situada na ilha que o rio Luco forma junto da cidade de Larache e em 1490 fez parte da guarda de D. João II, tendo regressado a Arzila em 1495, onde o seu irmão mais novo, Martim, morreu lutando a seu lado.

Fonte: Wikipédi.

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