Ainda hoje (...) sinto que as letras têm alma e emoções íntimas. Estou convencido de que o m gostaria de ser centopeia, multiplicar as perninhas e partir por aí fora, em movimento perfeito, para viagem incessante. Tenho para mim que, dado o seu nervosisimo, o f e o z, esguios, retorcidos, sobranceiros, têm problemas de satisfação pessoal, demasiados nervosoos e inquietos, bem distantes do temperamento calmo do o ou da insensibildidade do h.
FLORES, Francisco Moita, Segredos de Amor e Sangue, Alfragide, Casa das Letras, 2.ª edição, 2014, p. 44.
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