A indústria têxtil, originalmente estabelecida em Bruges,
criou em Gante a primeira zona industrial da Europa na Alta Idade
Média. A rota mercantil era extremamente desenvolvida para época, uma
vez que a lã era importada de Inglaterra. Este foi um dos motivos para o
bom relacionamento entre a Flandres e a Inglaterra durante este
período. No entanto, o comércio com a Inglaterra sofreu
significativamente com a Guerra dos Cem Anos.
No século XIV a cidade recuperou parte da sua prosperidade anterior, enquanto a Flandres
se encontrava unida com as províncias vizinhas sob o poder dos duques
de Borgonha. Contudo, elevadas taxas de imposto conduziram a um rebelião
das populações e resultaram na Batalha de Gavre, na qual Gante sofreu
uma terrível derrota às mãos de Filipe o Bom. Por volta desta época, o
centro gravitacional dos Países Baixos transferiu-se progressivamente da Flandres (Bruges-Gante) para o Brabante (Antuérpia-Bruxelas).
As guerras religiosas dos finais do século XVI e durante o século XVII, mergulharam a cidade em devastação: Gante tornou-se a república Calvinista até à chegada do exército espanhol, altura em que foi restaurado o Catolicismo. As guerras encerraram o papel de Gante como centro internacional.
Nos sécs. XVIII e XIX, Gante recuperou alguma da sua indústria
têxtil. Lieven Bauwens introduziu a primeira máquina de tecer mecânica
da Europa continental, da qual havia contrabandeado as plantas originais
de Inglaterra em 1800. Na cidade foi assinado, em 1812, o Tratado de Gante, que pôs fim à Guerra Anglo-Americana.
Após a Batalha de Waterloo,
Gante tornou-se parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos
durante 15 anos. Neste período estabeleceu a sua primeira universidade
(1817) e uma nova ligação com o mar (1824-27).
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