Luís Bernardo admirava tudo em David: a sua capacidade de tirar sempre partido de qualquer situação, o prazer com que vivia a vida e tudo o que viesse, a calma e a determinação com que encaixava os golpes do destino e lhes fazia frente, a simplicidade linear do seu código de conduta, a sua absoluta ausência de angústia face ao esboroar do tempo, porque ele desconhecia em absoluto a noção de tempo perdido e cada dia de vida era para ele uma dávida, que nenhum desgosto e nenhum revés poderiam toldar.
TAVARES, Miguel Sousa, Equador, Cruz Quebrada, 28.ª edição, Oficina do Livro, 2006, p. 497.
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