sábado, 18 de novembro de 2017

Estradas do Alentejo

A caminho do Sobral da Adiça

Há quem se canse de percorrer as estradas intermináveis e lisas desse latifúndio sem relevos. Há quem adormeça de tédio a olhar a uniformidade da sua paisagem, que no inverno se veste dum pelico castanho e no verão duma croça madura. Que é parda mesmo quando o trigo desponta e loura mesmo quando o ceifaram.  

TORGA, Miguel, Portugal, Alfragide, 10.ª edição, Leya, 2015, p. 84.

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