O feitiço da boca é o silêncio. (...) Não se pode criticar o poder sozinho (...) Se quisesse garantir o pão da família, devia ser um cidadão normal, nada de utopias. Foi por criticarem os reis que João Baptista e Thomas More perderam as cabeças, ambos, em épocas diferentes. As épocas mudam, mas a essência do poder é conservadora. Permanece intacta. A sociedade progride tecnologicamente, mas a verdadeira natureza humana, racionalmente construída na etapa da hominização, encontra-se irreversivelmente perdida.
MENDONÇA, José Luís, O reino das casuarinas, Alfragide, Editorial Caminho, 2014, p. 253.
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