Sobre os vestígios de um presumível templo tardoromano do século IV,
dedicado aos santos mártires Veríssimo, Máxima e Júlia, foi edificada
nova igreja em 1147. Mas são as intervenções de 1696 pelo arq. João
Antunes - torres sineiras, frontespício e púlpito - e as obras de
restauro em 1861 e 1876 que lhe conferiram o perfil que hoje conhecemos.
Trata-se de uma igreja cuja fachada principal, de um só corpo, ladeada
por duas torres sineiras e rematada por frontão triangular vazado por
janela iluminante, surge rasgada, a eixo, por um portal de arco abatido
fechado por grade de ferro, de acesso à galilé, encimado por um relevo
dos santos mártires, orago da igreja, e por um janelão emoldurado a
cantaria lavrada e coroado de ática.
Na galilé, para além da porta
principal, temos o acesso à Capela dos Santos Mártires, onde se crê
estar a sepultura dos mesmos. O interior da igreja, coberto por falsa
abóboda de berço em madeira pintada e dourada, apresenta nave única
aberta a 6 capelas laterais (3 de cada lado), à Capela de Nª Senhora da
Conceição do lado direito do arco triunfal e à Capela do Santíssimo
Sacramento.
Na capela-mor profunda, evidencia-se a pedra de armas dos
marqueses de Abrantes, os quais cederam o terreno para a construção da
capela-mor, ficando com acesso às tribunas laterais da mesma através do
seu palácio contíguo ao templo. Por sua vez, no altar-mor observa-se
sobre o trono as imagens dos 3 padroeiros da igreja.
Fonte: http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/igreja-de-santos-o-velho
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