domingo, 7 de abril de 2019

Nas margens de um rio


Hortense
Rio Douro
Nas margens de um rio de oiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito que de baixo o seca, erguem-se os muros do milagre. Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas.

Viajar com Miguel Torga, Guimarães, Opera Omnia, 2015, p. 57.

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