sexta-feira, 24 de setembro de 2021

P Peço-te que venhas e me dês um pouco de ti

 


Não te chamo para te conhecer

Eu quero abrir os braços e sentir-te

Como a vela de um barco sente o vento

 

Não te chamo para te conhecer

Conheço tudo à força de não ser

 

Peço-te que venhas e me dês

Um pouco de ti mesmo onde eu habite. 

 

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, No tempo dividido, Assírio & Alvim, 5.ª edição, 2019, p. 28

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