sábado, 26 de julho de 2025

Como dizer-te, meu amor

Como dizer-te, meu amor, somos feitos da poeira das estrelas


Matéria de antiquíssima construção amorosa

Por isso olho-te

Porque olhar-te é tocar a alma crepuscular da noite

conter no peito o inútil gesto

soprar no sangue o coração tardio


RIBEIRO, Rui Casal, Escrever a água, Lisboa, Edições Colibri, 2018, p. 84.

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