quarta-feira, 16 de julho de 2025

Em qualquer parte

Em qualquer parte um homem 

Discretamente morre.


Ergueu uma flor.

Levantou uma cidade.


Enquanto o sol perdura

ou uma nuvem passa

surge uma nova imagem.


Em qualquer parte um homem 

abre o seu punho e ri.


ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 19.

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