domingo, 16 de janeiro de 2011

O Tempo

Não há nada mais longo (...) visto ser a medida da eternidade;
nada é mais curto, pois falta à realização de todos os nossos projectos;
nada é mais longo para quem espera;
nada é mais rápido para quem goza;
estende-se até ao infinito, na sua maior grandeza, divide-se até ao infinto, na sua menor grandeza;
todos os homens o desdenham mas todos lamentam a sua perda;
nada se faz sem ele;
faz esquecer tudo o que é indigno da posterioridade, e imortaliza as grandes coisas.
VOLTARIE, Os Enigmas, Zadig ou o Destino - História Oriental, Lisboa, Editorial Verbo, p. 96.

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