sábado, 27 de setembro de 2014

Beleza devastadora


Há alturas em que a beleza é tão devastadora que magoa. Devia haver qualquer coisa na forma como eu olhava aquela paisagem, todo aquele despojamento humano, que fez com que o alentejano que estava comigo, e que antes tinha sido pastor naqueles vales, comentasse:
- A terra pertence ao dono, mas a paisagem pertence a quem a sabe olhar.  

TAVARES, Miguel Sousa, No teu deserto – Quase romance, Alfragide, Oficina do Livro,2009. p. 51.

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