quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

José Estevão




José Estêvão Coelho de Magalhães (Aveiro, 26 de Dezembro de 1809 — Lisboa, 4 de Novembro de 1862), mais conhecido por José Estêvão, foi um notável jornalista, político e orador parlamentar português, sendo durante o período de 1836 a 1862 a figura dominante da oposição de esquerda na Câmara dos Deputados. Era bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, veterano das guerras liberais e um dos académicos que viveu o exílio em Inglaterra e na ilha Terceira e participou no desembarque do Mindelo. 

Em 1841 fundou a Revolução de Setembro, o mais influente jornal da imprensa liberal. Sempre mais radical que as soluções preconizadas pelos partidos políticos da época, foi por várias vezes obrigado a procurar refúgio fora do país devido à sua frontalidade na oposição. Participou activamente na Patuleia, integrando o exército rebelde que operava no Alentejo.
Entusiástico defensor dos ideais da Revolução de Setembro de 1836, foi uma das figuras dominantes da oposição aos cartistas e à funesta mentira que segundo ele fora a Carta Constitucional de 1826, a qual não permitia realizar nenhuma das condições do sistema representativo.

Defendendo ideias que se encontravam então na extrema-esquerda do espectro político, José Estêvão em breve se transformou numa voz de quase permanente oposição aos governos do setembrismo, raramente apoiando as medidas preconizadas. No parlamento e na imprensa foi-se progressivamente afirmando como uma das vozes mais incómodos da oposição, concitando o apoio das franjas mais radicais. 

Jurada a Constituição Portuguesa de 1838, nas eleições de 12 de Agosto de 1838 (3.ª legislatura), José Estêvão foi novamente eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, tendo prestado juramento a 8 de Janeiro de 1839. O mesmo aconteceu nas eleições seguintes, realizadas a 22 de Março de 1840 (com juramento a 5 de Junho de 1840). 

Nas eleições gerais realizadas em Novembro de 1851 ao ser eleito por Aveiro reentra no parlamento, prestando juramento a 17 de Janeiro de 1852. 

Quando no início de Novembro de 1862 um aparente acidente vascular cerebral lhe veio ceifar a vida aos 53 anos de idade, já tinha proferido cerca de 1500 intervenções parlamentares e era uma das figuras mais conhecidas da política portuguesa.

Em 1889, também por subscrição público, foi erigida em Aveiro a estátua do grande paladino, com grandes festejos e homenagens provenientes de todos os quadrantes políticos.

Fonte: Wikipédia.

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