A possibilidade de conceber o Museu do Oriente constituiu um
privilégio e um desafio irrecusável. O objectivo consistia em albergar
uma valiosa colecção privada centrada numa temática comum, o Oriente,
nas suas vertentes histórica, social, etnológica, antropológica,
arqueológica e artística, no Edifício Pedro Álvares Cabral, uma cuidada
construção portuária do início dos anos quarenta, da autoria do
arquitecto João Simões Antunes. Destinado, durante a maior parte da sua
já longa existência, à armazenagem de bacalhau (cujo persistente odor
chegou a provocar alguma preocupação na fase inicial da obra), o
Edifício Pedro Álvares Cabral localiza-se na Avenida de Brasília, em
Alcântara, numa área sob tutela da Administração do Porto de Lisboa e
encontra-se classificado como Património Municipal. A sua grande
superfície e os seus seis pisos de altura, provocam uma escala e
volumetria dominantes naquela parte de cidade, para o que contribui
também a sua elementaridade e a quase total inexistência de
fenestrações, ditada certamente pela função de armazenagem para que foi
concebido. A sua organização longitudinal e simétrica centra-se num
corpo central, referencial hierárquico do conjunto, ladeado por duas
alas um pouco mais baixas. Nas cegas superfícies do alçado Norte, estas
são pontuadas por dois baixos-relevos do escultor Barata Feyo.
Interiormente destacam-se a densa e obsessiva estrutura de robustos
pilares de planta quadrada, que se estende ao longo da superfície dos
vários pisos e o reduzido e limitador pé-direito que estes apresentam.
Fonte: Site do Museu do Oriente. |
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Museu do Oriente, o edifício
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