A velhice está aí e, apesar dos muitos amigos, todos têm as suas vidas. Pensamos então que um dia vamos desta para melhor, durante a noite, e que os filhos só nos descobrem três dias depois, alertados por um vizinho.
(...)
Não sei se quero a velhice... não sei se vou querer mesmo vivê-la ou se a viverei por não ter solução ... Ouvir "ainda estás estupenda" é o mesmo que me amortalharem em vida - não, não sei se quero.
FERRO, Rita, Só se morre uma vez - Diário 2, Alfragide, D. Quixote, 2015, p.13.
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