Preciso de possuir a realidade para sonhar.
E assim como misturei o sonho e a realidade, todas as minhas sensações se misturaram e confundiram em mim, todas elas como que perderam o seu caminho dentro de mim, como que se extraviaram da noção do que deviam ser. Assim, as minhas alegrias são receios e os meus cansaços fúrias (...)
PESSOA, Fernando, A perversão do longe, O mendigo e outros contos, Porto, Assírio e Alvim, 2012, p. 60.
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