quarta-feira, 6 de abril de 2011

Museu de Évora

O Museu de Évora tem organizado desde o Verão de 2010 sessões com conferências e concertos nas Quintas à noite - a entrada é livre das 18 às 22 horas. Em Setembro assisti a um pequeno concerto comentado do grupo Vocal Trítono, onde foi utilizado alguns dos instrumentos pintados na obras do museu. E não pude deixar de tirar fotografias da ocasião, claro! Afinal o Museu de Évora irá estar sempre no meu coração... Segue-se uma breve explicação da importância deste espaço na cidade:


A história do Museu de Évora remonta a 1804, quando Frei Manuel do Cenáculo, Arcebispo de Évora, inaugurou a Biblioteca Pública, em que se reuniam também parte das suas colecções de Arte, Arqueologia e Naturália.

Em 1834, a gestão desta Biblioteca passou para o Estado Português e em 1865, em duas novas salas, individualizou-se a apresentação da colecção de Arte e Arqueologia. Formalmente, o Museu de Évora só seria criado depois da implantação da República, por decreto de 1 de Março de 1915. Recebeu para a sua instalação algumas salas do Paço Episcopal, entretanto expropriado pelo governo, manifestamente insuficientes para a apresentação das colecções. Depois de se ter projectado a sua instalação no Convento dos Lóios, viria a ser instalado em 1921 no Palácio Amaral, comprado para o efeito. Em 1926, um violento terramoto degradou estas instalações, obrigando ao regresso das colecções às salas do Paço Episcopal, edifício onde mais tarde, por troca com o Palácio Amaral, o Museu se instalaria definitivamente em 1929.

As colecções do Museu de Évora são constituídas por cerca de 20 mil peças, onde se destacam as colecções de Pintura, Escultura e Arqueologia. Além do valor estético e a importância histórica de muitas obras, é condição única no panorama dos museus em Portugal, o facto do seu núcleo principal ter origem numa colecção setecentista de grande diversidade e abrangência, organizada por Frei Manuel do Cenáculo, arcebispo de Évora. É no sistema de organização das colecções, de maneira a articular todos os campos de conhecimento, que se expressa a forma de pensar a Biblioteca-Museu e a sua função didáctica na segunda metade do século XVIII em Portugal. Desse núcleo inicial e dessa condição universalista fazem parte também as colecções de Numismática, infelizmente saqueada durante as Invasões Francesas, as colecções de desenhos e gravuras, e o núcleo da Naturália, onde se reúnem diversos espécimes das Ciências Naturais.


A extinção das Ordens Religiosas contribuiu de maneira significativa para alargar o espólio, beneficiando as colecções de Pintura e Escultura, e as Artes Decorativas com a constituição diversos núcleos de importância como a Ourivesaria, a Cerâmica, o Mobiliário e os Têxteis. A realização de inúmeras escavações arqueológicas durante o século XX, principalmente sobre a Pré-História e o período Romano, veio enriquecer o acervo do Museu, aprofundando a relação com a história da cidade e da região.

Fonte: http://museudevora.imc-ip.pt

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